O metaverso é um tema tão emergente quanto relevante. Debatido há poucos dias no WebSummit, naquele que é o maior palco internacional a nível tecnológico, gerou consenso e controvérsia, deixando muito por contar.
Este é definido como um universo virtual a 3D, no qual através de uma simples identidade virtual, neste caso um avatar, torna-se possível explorar os vários aspetos desta nova realidade, realizando compras, encontrando amigos, explorando cidades, ou disponibilizando serviços digitais diretamente aos avatares, tal como se estivéssemos no mundo real, sem sair de casa.
O metaverso já existe?
Se olharmos para os investimentos que estão a ser realizados nesta área, a resposta é sim.
Desde marcas que criam produtos virtuais destinados à comercialização nesta realidade a utilizadores que já estão a realizar investimentos avultados na compra de vestuário, terrenos entre outros objetos virtuais.
No entanto, a perceção do público em geral sobre o metaverso, é que este está sobretudo, associado ao gaming e à utilização de óculos VR (realidade virtual).
Tratando-se de uma tecnologia com infinitas aplicações quer em termos organizacionais, quer pessoais, o metaverso veio para ficar, sendo uma opinião consensual entre as organizações que visualizam esta realidade tanto como um novo mundo para explorar em termos de consumo, como enquanto um grande aliado na otimização laboral.
E o que é exatamente o metaverso?
Dado se tratar de uma tecnologia emergente, em desenvolvimento, esta ainda não está totalmente definida.
A definição mais divulgada e com maior consenso aos olhos dos especialistas é a de que se trata de um mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais, acessível a todos, através da união da Realidade Virtual, Realidade Aumentada e a Internet.
Atualmente, existe ainda um grande ceticismo na generalidade em relação ao metaverso.
Iremos investir para viver numa realidade virtual?
Iremos comprar roupa, carros e terrenos digitais? Que na realidade não existem?
Entre tanta controvérsia, RTFKT Studios, marca de calçado de desporto virtual adquirida pela Nike, lançou o ano passado uma coleção de 600 pares de tênis virtuais.
E a verdade é que, seis minutos após o lançamento da coleção ao público, arrecadou mais de 3,1 milhões de dólares!
A par disto, está o jogo chamado Decentraland, que apresenta um espaço chamado “Fashion Street”, no qual se comercializou um terreno de 500 metros quadrados virtuais. A este terreno foi atribuído o valor de 2,4 milhões de dólares!
Mais um exemplo disto, é o tão conhecido Facebook, que alterou recentemente o nome da sua empresa para META, com alusão ao metaverso.
Ademais, o CEO desta grande empresa planeia investir 10 biliões de dólares na criação do seu próprio metaverso.
Quer concordemos ou não, o metaverso veio para ficar será parte integrante no nosso dia-a-dia, num futuro próximo.
Quer seja por participarmos nele, quer seja por investirmos nele!
Qual é a sua visão? O metaverso fará parte do nosso quotidiano e, acima disso, fará parte da estratégia das nossas organizações?